Entrega das Constituições Renovadas na Província N. S. Aparecida


 

DIA 08 DE DEZEMBRO DE 2018

 

Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria, nossa Mãe especialíssima! Data muito significativa para toda a Família Franciscana, para todo o Instituto das Irmãs Franciscanas Alcantarinas e, sobremaneira, neste ano de 2018, para a Província Nossa Senhora Aparecida, pois recebemos, pelas mãos da Vigária Geral, Ir. Mariangela Ferrari, as Constituições reformadas, aprovadas pela  CIVCSVA em 15 de agosto de 2018.

 

 

 

 

A Fraternidade do Recanto São José, em Belo Horizonte transformou-se num “oásis” de fé, de comunhão e de fraternidade. Acolheu Ir. Mariangela e as 49 irmãs da Província, que, ao longo do dia, de diversas maneiras celebraram, com Maria, este grande evento.

No primeiro momento, depois da motivação das junioristas convidando-nos a nos acolhermos e avivarmos em nós a sede do estar juntas, assistimos ao vídeo recordando a caminhada histórica da Congregação, com um grande hino de louvor ao Deus Altíssimo que atualiza os sinais do Carisma Franciscano Alcantarino no hoje da história.

No segundo momento, na capela, participamos de uma celebração preparando o nosso coração e o nosso espírito para acolher na fé as Constituições, nossa forma de vida. Através de cantos, Salmos, textos da Sagrada Escritura e da nossa espiritualidade rezamos, louvamos e invocamos a presença do Espírito Santo.

No terceiro momento, acolhemos as palavras de Ir. Mariangela Ferrari, coordenadora da equipe responsável pela revisão das Constituições que explicou a importância do momento, o porquê estarmos ali. Assim se expressou: “Hoje é um momento único para a história do nosso Instituto. Porque é única a entrega das Constituições de 2018. Por que estamos aqui hoje? Por que uma viagem tão longa para algumas? Por que tanto cansaço? O que temos vindo a receber? Uma coleção de regras? Valeu a pena? Se fosse só uma coleção de regras não valeria a pena… Estamos aqui porque é um dia importante para a nossa Família religiosa. Sim! e o Espírito Santo é o autor principal… Foi Ele que no ano 1870 inspirou a P. Vicente Gargiulo e as outras Irmãs (ao princípio 12) a começar esta obra de Deus, que no ano 1932 chegou ao Brasil por obra do mesmo Espírito Santo. E hoje recebemos a nova tradução das Constituições – da Regra e das Constituições – no mesmo texto. As Constituições, todas nós já a professamos”.

E ainda: “Por que as Constituições são tão importantes? Por quê? Para nós elas são a tradução do Evangelho, a tradução da vida do Evangelho, da boa nova! Deveria ser assim: quando lemos as Constituições deveria brotar dentro de nós um desejo grande de doar a vida por Cristo. Do nosso coração deveria emergir que vale a pena doar a vida por Cristo e para todos. Um desejo de santidade, um desejo verdadeiro de entrega, de confiança em Deus, de Fé. Quem busca o Reino de Deus e a sua justiça tudo vai receber de presente… e a vida sem fim, a vida eterna!”.

Continuou recordando o processo histórico de como chegamos ao texto final e aprovado e a estrutura da Constituição que receberíamos logo a seguir.

E concluiu: “As Constituições ajudam cada uma de nós a escolher a estrada da vontade de Deus, o caminho certo; ao que dizer SIM … ao que dizer não. Mas nunca sozinho. Sempre dentro de uma fraternidade… Francisco, no princípio, não tenhia nenhuma fraternidade, nós SIM… já sabemos que dentro de uma fraternidade nós vivemos a nossa forma de vida … e isso também é um presente de Deus. As Constituições são uma memória viva de uma história; das Irmãs que disseram SIM a esta forma de vida antes de nós. São uma memória porque a maior doença que pode acontecer na nossa vida é perder a memória, mas não no cérebro – esta memória todas nós perdemos aos 70, 80, 90, 100 anos. A memória que não devemos perder é aquela do fundo do coração. Esta é dificil de perder se estiver bem fundada… As Constituições são a nossa memória, a memória da vida de Jesus Cristo. Jesus Cristo é a nossa melhor memória: memória do Amor de Deus, da sua misericórdia, da chamada pessoal e fraterna. Nossas primeiras Irmãs entenderam muito bem tudo isso e recomendaram a obedecer tudo aquilo que nas Constituições estava escrito e, cada uma de nós, pela mesma estrada, se torna a Palavra do Pai no mundo! … se permanecer fiel ao mesmo convite”.

E, por fim, a Celebração Eucarística da Solenidade da Imaculada Conceição, presidida pelo nosso amigo e irmão Menor, Frei Jonas Nogueira da Costa, ofm.

Na Procissão de entrada, enquanto entoávamos o canto “Maria do povo”, invocando A Virgem Imaculada, Ir. Mariangela entrou com a Cruz de São Damião lembrando a nossa identidade Carismática; Ir. Virginia com a vela, recordando que a nossa Consagração é um ato de Fé a exemplo de Maria; Ir. Jaiara com o incenso, no desejo de que todo o louvor suba ao Deus Uno e Trino; Ir. Elisa portando o Lecionário, disposição da escuta fiel à Palavra que será proclamada e o Presidente da celebração.

Liturgia da Palavra

Na procissão das ofertas, junto com o pão o vinho e água, apresentamos a memória histórica de todas as constituições do Instituto, desde 1874 (trazida pela irmã mais idosa) até 2018 (trazida pela irmã mais jovem da Província).

Oração Eucarística e Comunhão

Depois da comunhão cada irmã recebeu individual e pessoalmente a Constituição, com uma pequena exortação para acolhê-la com fé e vivê-la na fidelidade já assumida no dia da Primeira Profissão. E, o nosso sim se expressava no beijo que dávamos nas constituições. Emocionante foi quando, Ir. Madalena Melo, a Irmã mais idosa e Ir. Suellen Simões, a irmã mais jovem, foram convidadas a receberem em primeira mão, o documento. Que a exemplo de Maria, a Imaculada, sejamos fiéis ao que professamos.

Ritos Finais

A solenidade chegou ao seu final com o ágape fraterno. As junioristas aproveitaram para, em forma de brincadeira, recordar as nossas presenças nos diversos lugares aonde o carisma Alcantarino está sendo testemunhado, convidando a todas a fazermos uma viagem de navio…

Prazeroso para todas nós, além de todos os momentos importantes do dia, foi a ALEGRIA do encontro e do reencontro fraterno das irmãs que há muito tempo não se encontravam.

Sensibilizou-nos a todas nós a participação e o testemunho de alegria e de doação das irmãs idosas e enfermas que não mediram esforços para participar. Elas são testemunhas vivas de que vale a pena deixar tudo por um Bem Maior. Certamente um grande exemplo à postulante Ana Clara que participou de tudo.

Gratificante também foi presenciar o encontro das gerações, todas num único sentimento: o de pertencer à Família Franciscana Alcantarina e o desejo de dar continuidade à história do Instituto com coração e compromisso RENOVADOS.

Encontrar-se faz bem! Por tudo demos graças a Deus!

 


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