Ética da Vida


Vivemos um tempo em que o julgamento das ações e escolhas alheias predomina. Esquecemos-nos de fazer exame de consciência e julgar a nós mesmos (a quem realmente podemos fazê-lo!) para apontar o dedo em direção a outras pessoas. A preocupação com a caminhada dos outros é algo capaz de tirar-nos do rumo, de fazer-nos perder o foco, quando acabamos desviando os nossos próprios passos.

img7Perceber a falta de ética nos políticos, nos empresários, nos vizinhos é muito fácil. Difícil é admitir os pequenos (ou grandes) deslizes éticos que cometemos no dia a dia. Uma mentirinha, um objeto emprestado e não devolvido, uma regra de trânsito desrespeitada. Encontramos sempre uma desculpa para justificar nossas falhas. Olhar verdadeiramente para dentro de si exige um esforço muito, muito maior do que este.

A filosofia pode ajudar, mas a escolha é sempre de cada indivíduo. Como dizem os filósofos existencialistas, somos condenados à liberdade de escolha. E quando deixamos para amanhã, escolhemos não mudar. E se não podemos escolher pelos outros, melhor apontarmos o dedo para o espelho…

Pensar na ética como algo essencial ao ser humano, como algo da essência de cada um de nós é fundamental para que possamos construir uma sociedade mais justa, com mais amor e paz. O pensamento ético prima pelos valores e virtudes e seu campo de atuação, na prática, não ultrapassa nosso próprio umbigo.

Façamos o que nos é possível e devido, sejamos éticos para contaminar os outros com nossa energia. Essa é a ética da vida: a única maneira de melhorarmos o mundo é melhorando a nós mesmos.

Lidiane Malagona PimentaLidiane Malagone Pimenta

Profª de Filosofia e Sociologia do

Instituto Santo Antônio de Pádua

Itabirito-MG


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