17 de Setembro:

 

Estigmas de São Francisco de Assis

02Segundo nos relata as Fontes Franciscanas, dois anos antes de sua morte, tendo Francisco ido ao Monte Alverne em companhia de alguns de seus frades mais íntimos a fim de se dedicar ainda mais à oração e ao jejum, pôs-se em oração fervorosa e foi objeto de uma graça extraordinária. Inundado do amor de Deus, Francisco desejou ser crucificado como Cristo, orando dessa forma: “Ó Senhor, meu Jesus Cristo, duas graças eu te peço que me faças antes de eu morrer: a primeira é que, em vida, eu sinta na alma e no corpo, tanto quanto possível aquelas dores que tu, doce Jesus, suportaste na hora da tua dolorosa Paixão. A segunda, é que eu sinta, no meu coração, tanto quanto possível, aquele excessivo amor, do qual tu, Filho de Deus, estavas inflamado, para voluntariamente suportar uma tal paixão por nós pecadores” (3ª Cons. Estigmas, 38).

Estava próximo da festa da Exaltação da Santa Cruz e eis que de repente Francisco teve a visão de um Serafim, sobre o qual brilhava o Crucificado. Quando a imagem desapareceu, Francisco sentiu “o coração arder de amor, enquanto na sua carne estavam impressos os sinais da Paixão do Senhor; apareceram nas suas mãos e nos seus pés as marcas dos cravos: além disto, trazia no costado uma fenda como se tivesse sido atingido por uma

lança; a túnica e o calção do santo se achavam manchados de sangue. É Tomás de Celano, o biógrafo mais famoso de Francisco, quem o narra o episódio em “Vida I, Parte II, Cap. III”. São Boaventura oferece relato semelhante em “Legenda Maior, cap. XIII”.

Quando o Serafim desapareceu, Francisco estava repleto do mais inefável ardor e em seu corpo havia a impressão das cinco Chagas de Jesus. Suas mãos, pés e lado estavam chagados.

Assim, esse discípulo de Cristo, Francisco, que tanto desejara assemelhar-se a Ele, obteve mais este traço de similitude com o Divino Salvador.


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