A Espiritualidade em São Francisco de Assis (1182-1226)


SÃO FRANCISCO DE ASSIS - EVANGA espiritualidade de São Francisco tem seu cerne no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. É uma volta ao Evangelho, uma adesão total ao Cristo da revelação, especialmente naqueles aspectos que exprimem com mais intensidade o verdadeiro significado da encarnação: o aniquilamento e a humildade de Cristo.

Para refletirmos a espiritualidade de São Francisco, se faz necessário buscarmos conhecer as suas qualidades humanas, aquela que, no processo de busca e de conversão para o Cristo, foram aprimoradas pela graça de Deus.

Francisco era homem de uma inteligência transformadora, realizadora, intuitiva, possuía um coração generoso, livre, delicado. No seu agir, prevalecia seu temperamento ativo, concreto, afetivo, sensível e poético. Tudo isto é o ser de Francisco  tudo  foi orientado e robustecido por uma idéia que tomou conta dele com força divina: voltar ao evangelho. A simplicidade e a sensibilidade de Francisco explicam suas devoções características: para com Jesus no presépio, na Eucaristia e principalmente para com Jesus Crucificado. A sensibilidade de Francisco contempla a sensibilidade de Deus em Jesus Cristo.

       São Francisco  abriu-se à graça iluminadora e reveladora e colocou como a pauta de sua vida o evangelho, o qual é para ele expressão concreta e segura da vontade de Deus, é a própria substância da sua vida e dos seus seguidores.

A espiritualidade de Francisco, é portanto, um caminhar constante na identificação com Cristo. Esta identificação de Francisco com Cristo, é que estabelece sua comunhão com o mundo dos pobres, colocando se a serviço deles: “amava    sempre os   pobres e   mostrava-se Pai  de todos os mendigos” ( Tomás de Celano). Tinha grande predileção para com “os pequeninos” incluindo neste termo, todas as misérias do homem, tanto a do pobre como a do doente, do desiludido, do desventurado, do infeliz aos quais desejava levar, além dos cuidados materiais e do conforto físico, a grandeza do dom de Deus. Francisco entra no meio dos homens de tal maneira que nenhum homem, nem mesmo o mais insignificante, lhe passa despercebido.

Francisco, num movimento incessante, unifica tudo em Deus, vai de Deus aos homens e dos homens a Deus. Francisco de Assis amava todos os homens em Deus e cada homem por si mesmo e em si mesmo.


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