Uma das doze primeiras irmãs


150 anos de fundação das Irmãs Franciscanas Alcantarinas

17 de novembro de 2019

Ir. Maria Clara da Anunciação

 

Ir. Maria Clara era chamada a mãe dos pobres.

Ir. Maria Clara Cuomo, Raffaella de batismo, era natural de Castellammare de Stabia, nascida no dia 25 de abril de 1853.

Foi escolhida pelo então pároco Pe. Vicente Gargiulo, a fazer parte daquele grupo de onde nasceria um novo Instituto, segundo o tempo, de reparação e instrução da juventude pobre do qual se reuniu no grupo das primeiras em 1869. Em 1870, em 17 de setembro, dedicado a Nossa Senhora das dores, fez seu ato de consagração e após quatro anos de duríssimas provas e excepcional fervor, em 19 de outubro de 1874 recebeu o hábito alcantarino com outras onze, como aquele dos frades e o espírito de penitência alcançou níveis altíssimos, dedicando-se à educação das meninas pobres que vivam em situação de perigo e na reabilitação daqueles que precisam de auxílio para recuperar a dignidade.

Desde o início ela foi encarregada da delicada missão de mestra de noviças, que desenvolveu num contato contínuo com o fundador, como testemunha suas correspondências conservadas em arquivo. De alma sensível, desejava fomar as jovens garantindo-lhes um caminho sério, evangélico, penitente e rico daquele espírito de oração e devoção que a acompanhou até a morte.

Em 1882 foi convidada a trabalhar em Roma, onde se tinha aberta a grande obra de “REABILITAÇÃO E SERVIÇO” do Pe. Simpliciano da Natividade, que havia acolhido cerca de 200 meninas que viviam em perigo, confiadas à caridade, que correspondiam tão bem aos ideais dele, tanto que todos se puseram a ajudá-lo, inclusive a Rainha Margherita, que ofereceu algo significativo, além de suas palavras de encorajamento.

Eram vinte Irmãs em Roma e Ir. Maria Clara foi escolhida para ser a mestra de noviças do nascente Instituto.

O Instituto Alcantarino crescia em número e Ir. Maria Clara em 1888 foi nomeada Vigária geral, trazendo com sua prudência grande vantagem para o Instituto que ainda estava no começo.

Depois da morte da fundadora e primeira Madre Geral Ir. Maria Inês da Imaculada, em março de 1892, foi eleita a segunda Madre Geral Ir. Maria Francisca da Assunção e Ir. Maria Clara recebeu a função de Superiora no Hospital de Canosa, Puglia, mas o clima não a fez bem e em 21 de abril de 1893 foi enviada como superirora a Solocapa, encarregada de abrir a nova escola, permanecendo lá até 1897.

Até a morte do fundador conservou com ele estreita relação por meio de cartas, que testemunham a profundidade e a radicalidade do desejo de seguir o Senhor que a habitava e a impulsionou a pedir conselhos contínuos para progredir na vida espiritual.

Foi por vários sexênios, Assistente geral do Instituto e conteporaneamente por 40 anos superiora do Centro de Mendicantes “VINCENZO MARIA SARNELLI” de Castellammare de Stabia, onde servia aos pobres e onde abservou, com alegria, a pobreza mais absoluta para si. As Irmãs tinham por ela um profundo respeito e tratavam-na como mãe afetuosa por sua caridade, compaixão, amabilidade para com aqueles que recorriam a ela para conselhos, Reagia com paciência por qualquer falta que a fragilidade humana poderia cometer.

Aqui, de fato, merecia o nome afetuoso de “Mammarela”, com o qual os pobres da cidade a identificavam.

Quem a conheceu testemunha que: “Ela sabia consolar, infundir coragem e animar as Irmãs… Toda a sua jornada era dedicada à assistência aos idosos no centro de reabilitação. Ir. Maria Clara incutiu em todo o Instituto, o amor que deveríamos ter por eles e, todo alimento era primeiramente destinado a eles.”

Era particularmente devota de São José, das Almas do purgatório e mais ainda da Santíssima Trindade, da qual recebeu a graça de resistir a tantas provas que não lhe faltaram ao longo da vida.

Seu último ato, porque de dia era a primeira a estar de pé, foi uma oração pela casa dos enfermos, uma vez que toda a economia feita , lhe havia dado generosamente, para os que deveriam, com sacrifícios de vida, dar a Deus um último tributo de amor.

Conservamos com cuidado e afeto na Casa Madre Santa Croce, a imagem de São José da qual, rezava com estas palavras, como foi narrado pelas Irmãs que com ela conviveram:

“Oh Saõ José, porque vossa proteção é eficaz e sede pronto intercessor diante de Deus, coloco em ti, em vossas mãos benditas, toda a minha esperança, e a vós confio todos os meus desejos.

Concede-me, oh São José, assistir-me com a vossa poderosa intercessão, e alcança-me de vosso divino filho adotivo, Jesus Cristo Nosso Salvador, todas as bênçaos espirituais e temporais, a fim de que, depois de apreciar vossos celestiais favores, eu possa oferecer dia após dia a minha consolação, os meus merecimentos, meus agradecimentos, por toda a vida, como ao pai mais terno e amoroso.

Oh São José, eu não me canso de contemplar Jesus adormecido entre vossos braços, mas não consigo aproximar-me.

Enquanto Ele repousa em vosso peito; adorai-vos por mim, e imprime pouco pouco um beijo em sua fronte, a fim de que a Ele me renda no último instante da minha vida.

Oh São José, advogado e protetor dos corações desolados, rogai por nós. Que assim seja”.

Momento de oração nas fraternidades:


↩ Voltar